"Além dos sinais externos que denunciam - cabelos brancos, cabelo nenhum, rugas, barriga, essas indignidades - as gerações se reconhecem pelos jogadores de futebol que se têm na memória"

Luis Fernando Veríssimo

30 de jun. de 2011

Jogo de bola

Obsessão pela posse de bola - O conceito foi criado e colocado em prática há mais de trinta anos em um certo clube espanhol que hoje todos querem, ao menos tentar, copiar.

Ora, me parece lógico, se você tem a bola em seu domínio você está mais perto do gol, consequentemente da vitória, e logo, mais longe da derrota.

Porém, uma partida de futebol tem dois momentos para todo time, que se alternam constante e inevitavelmente; o momento de atacar - posse de bola - e o momento de se defender - ausência de posse de bola.


É óbvio que essa observação não é apenas atual, mas diferentemente de outrora quando muitos times eram "marcados" por sua própria fragilidade e incompetência, o futebol moderno não permite que um time não saiba como se comportar na ausência da posse de bola. Até mesmo o irresistível Barcelona, que não larga a redonda, tem sua postura definida nos poucos momentos em que ela não está sob seu controle; e é exatamente essa consciência de posse, ou não, da bola - aliada a fantástica qualidade claro - que difere o original da Catalunha dos genéricos mundo afora.

Futebol é jogo de bola, mas saber jogar sem a bola é fundamental. Muitos querem copiar o protagonismo catalão, mas focam apenas em imatá-los na movimentação ofensiva, se esquecem do segundo momento.

A atual geração - leia-se os convocados por Mano Menezes para a Copa América - do futebol brasileiro é indiscutívelmente brilhante com a bola nos pés - não perdem em qualidade aos espanhois -  já sem ela, há muito trabalho a ser feito. Geração aliás que já é seguida de perto por uma próxima leva de talentos comandados por Adryan e Lucas Piazon.

Adryan e Lucas Piazon

A seleção brasileira sub-17, que disputa o mundial da categoria no México, acaba de passar para as quartas de final da competição em jogo duro contra o Equador.

O jovem time brasileiro é - acredito que muito mais por coincidência, até pelo esquema tático que se assemelha muito mais com a seleção de Mano Menezes - outra feliz coincidência - do que com Barcelona - mais um exemplo de genérico espanhol, dado os devidos descontos pela inconstância natural da idade, só joga com a bola nos pés.

Um time que da gosto ver jogar. Sobre a batuta de Adryan e Lucas Piazon na meia canja o time apresenta um toque de bola envolvente e muita presença ofensiva atacando sempre com 5 ou mais jogadores. Tem seu calcanhar de aquíles no sistema defensivo, apesar do bom goleiro Charles, o miolo de zaga não transmite segurança e a saída de bola fica prejudicada ao menor sinal de marcação adiantada por parte dos adversários.

Ademilson - autor do primeiro gol diante do Equador

O primeiro gol da vitória de 2x0 sobre a boa seleção equatoriana - aliás, alguém pode me responder qual é o fim dos tantos talentos do futebol de base equatoriano que simplesmente desaparecem ao chegarem no profissional ? - foi uma pintura, com direito a passe de calcanhar, infiltração do bom lateral direito Wallace que rolou para a linda conclusão de Ademilson.

Gerações de talento brotam em solo brasileiro, como bem definiu o gênio das letras Luis Fernando Verissimo: o papel do futebol no Brasil é ser metáfora, um país que produz tanto talento que é obrigado a escoar para fora do país porque o mercado interno não da vazão.

Um pouco mais de organização e consciência e faremos nossos próprios Barcelona's.

27 de jun. de 2011

No aniversário de uma glória, a maior tristeza da história

Excepcionalmente hoje, abri mão de acompanhar a rodada do Brasileirão. Por uma boa[?] causa, o drama de um gigante.
O país de nossos hermanos parou; aliás, está parado há semanas - nem em Copa América se fala por lá - por conta da ameaça, que se confirmou hoje, de rebaixamento do maior campeão da história do futebol argentino, River Plate.

 
Os millionarios entraram em campo precisando de uma vitória por dois gols de diferença diante do Belgrano, e o gol com cinco minutos de jogo dava a entender que o pior seria evitado, mas...

Sobrou garra, determinação, entrega, vontade, luta...
Sobraram muitas coisas; faltou uma, capaz de fazer todas as outras caírem por terra, futebol.

O passado não pode ser mudado. A história não se apaga. Exatamente por isso a partida de hoje foi capaz de parar um país extremamente apaixonado por futebol.

O dia de hoje é apenas mais um capítulo da história de um gigante, o mais doloroso sem dúvida, mas apenas mais um capítulo.


Já diz a sabedoria popular: "Há males que vêm para o bem". Teoria provada e comprovada por muitos torcedores brasileiros. Pergunte a qualquer torcedor de Vasco, Coritiba, Corinthians entre outros grandes que caíram se eles preferem seus times pré ou pós rebaixamento - se algum deles responder pré, ou ele não entende nada de futebol ou...   eu não entendo nada de futebol.

O futebol argentino está há muito tempo mergulhado na crise. Clubes endividados, vendendo jogadores, muitas vezes jovens promessas de 17, 18 anos, a preço de banana para a Europa, campeonato desvalorizado, cotas de transmissão ridículas. O futebol acompanhou, a vários anos atrás, a crise econômica que assolou o país, e colhe agora a primeira grave consequência, seu maior campeão rebaixado.

É claro que não há muitos fatores, extra-campo, tal como havia nos gigantes brasileiros que caíram; não se pode jogar a culpa apenas em questões econômicas quando um time do tamanho do River Plate é rebaixado em um campeonato que leva em consideração a média dos últimos três anos para definir seu descenso.

Que os milionários aproveitem esse "chance" para se reestruturarem e voltarem ainda mais fortes para a elite do futebol argentino.

O passado é imutável, suas glórias e vergonhas serão eternas, mas o futuro nós mudamos, e o futuro, é muito maior que o passado.

[Nota: Hoje é aniversário do título continetal de 1996 do River Plate]

24 de jun. de 2011

Agora quem dá bola é o Santos


Textos pós título costumam ser todos iguais, carregados de clichês. Salvo time e título, são idênticos em sua essência; louva-se o feito, exalta-se os méritos, esquece-se as falhas - o que é perfeitamente compreensível e aceitável.

Feita esta pequena observação - que foi apenas uma maneira pouco criativa em um momento de pouca inspiração para iniciar esse texto - entrarei exatamente nos mesmos aspectos citados acima.

O título santista faz bem ao futebol, impede o êxito de uma filosofia que só empobrece o jogo - raça, camisa e tradição são louváveis, mas não podem ser a base de sustentação de uma equipe - corrige uma injustiça - apenas mais uma entre tantas - de oito anos atrás, quando a geração de meninos da vila comandada por Robinho e Diego fracassou diante do letal Boca Juniors de Carlos Bianchi, além de nos brindar com a perspectiva de um duelo sensacional em dezembro.


Para a grande maioria o Santos entrava em campo para defender um título certo, apenas para confirmar o óbvio, ledo engano; e foi exatamente o pensamento contrário que fez o difícil ficar fácil. O Santos não transformou o Peñarol em franco atirador, não deu margem ao imponderável, encarou os uruguaios como iguais, compondo, e fazendo valer, o verdadeiro cenário óbvio: o abismo técnico que separa as duas equipes.

O Santos venceu fazendo uso de uma receita já conhecida: jogando no campo do adversário, com uma posse de bola acima de 60%, fazendo a bola correr e o adversário correr atrás. Venceu como quis e quando quis, sobrou na individualidade e no coletivo. Qualquer semelhança com um certo time catalão não é mera coincidência.

Tricampeão sulamericano. Incontestável. Inapelável. Indiscutível. Indubitável.

Agora meu amigo, quem dá bola é o Santos !

21 de jun. de 2011

Causa e efeito e vice versa

"Não há nenhuma coisa existente da qual não se possa perguntar qual é a causa"

René Descartes - Filósofo francês

O motivo pelo qual mais me encanta escrever sobre futebol - além da minha paixão pelo esporte - é o fato dele "casar" muito bem com qualquer tipo de metáfora; futebol e filosofia é apenas mais uma entre tantas - quem acompanha este escriba sabe, uso muito; meu tipo preferido de texto.

Embora não concorde - por princípios religiosos - completamente com filósofos e cientistas, algumas afirmações, como a citada acima, parecem ter sido feitas para o futebol.

Apenas para citar a última rodada do Brasileirão 2011:

Efeito - 5 jogos, 5 vitórias e liderança isolada. Causa - por opção, ou falta dela, o São Paulo tem priorizado seu trabalho de base, promovendo atletas criados "em casa"; o time que iniciou a partida diante do Ceará contava com nada menos que 8 jogadores que passaram pela base do tricolor paulista. Se lembrou de alguém do velho continente ?

Efeito - goleada, sofrida. 5x0. Causa - venda do craque. Não que seja única e exclusivamente por isso, mas é inegável que Renan "cansou" de salvar o Avaí de derrotas acachapantes. Duas semanas depois da venda do goleiro ao Corinthians...


Efeito - vaias. Sem perdão para ninguém. Causa - jogo [clássico Fla x Bota] horroroso. Causa e efeito mais antigo do futebol.

Efeito - pênaltis e mais pênaltis perdidos. Causa - sei lá. Jogadores, de linha, que pensam que são goleiros e cobram tiros de meta ao invés de pênaltis talvez; goleiros inspirados, falta de treino, bola muito leve ? vai saber; essa eu deixo para os filósofos responderem.


Efeito - flerte com o rebaixamento. Causa - uma diretoria que só pensa em adaptar seu patrimônio para "aparecer". O Atlético PR caminha a passos largos para colocar a Arena da Baixada na Copa de 2014 e o time na série B do Campeonato Brasileiro.

Efeito - um dos melhores times do país em 18° lugar na tebela[confira aqui do lado]. Causa - usando uma expressão popular "vai sabê"; Freud explica[?]

Efeito - 2 jogos, 2 derrotas. Causa - de novo, vai sabê. O que eu sei é que esse não era o efeito esperado por todos nas Laranjeiras depois de três meses de espera.

Viu só, filosofia é a opção perfeita para tornar inteligível o futebol. As vezes explica, as vezes não explica e outras tantas vezes explica complicando.

17 de jun. de 2011

Gramas que pesam toneladas

Entre os muitos chavões existentes no futebol, o de que tem que se "respeitar essa ou aquela camisa" é um dos mais famosos. Claro, existe o outro lado, o tal de "camisa não ganha jogo". Trata-se de mais duas "verdades absolutas" do futebol, empregadas de acordo com o contexto, a história, de cada partida.

Até o próximo vexame de algum "grande" diante de um "pequeno", seja em terras tupiniquins ou extrangeiras, a verdade da vez, imposta pelo tradicionalíssimo Peñarol, é de que há de se respeitar a camisa de um grande clube.

A campanha dos uruguaios nessa Libertadores da América é a mais perfeita tradução da expressão "vitória na base da camisa". O gigante, penta campeão continental, chegou a mais uma final com um futebol limitado, mas com toneladas de tradição e história. Deixou pelo caminho o clube que apresentava o melhor futebol do continente, o Velez Sarsfield, para reeditar uma final histórica. O futebol agradece.


O clube que outrora travou duelos épicos com o Real Madrid de Di Stéfano e o Santos de Pelé renasce, assim como todo o futebol uruguaio, para assumir a posição de destaque que lhe é devida.

A final mais romântica dos últimos anos da Libertadores da América teve seu "primeiro tempo" com o placar mais sem graça, mas em um ótimo jogo de futebol.

É bem verdade que o Santos teve, de certa forma, a partida sob controle o tempo todo. Apesar de um pouco instável, determinou o ritmo do jogo, mas assim como poderia ter voltado com uma boa vitória, poderia ter se complicado bastante.


Porém o que mais me surpreendeu, de maneira positiva, foi o controle emocional e o equilíbrio da equipe de Muricy Ramalho - que torço para que vença essa Libertadores e cale os cornetas de plantão que o estigmatizam como "treinador de pontos corridos" - exatamente o que tem faltado aos clubes brasileiros na hora de erguer a taça nos últimos anos.

Diante de um gigante, em um estádio lendário, completamente abarrotado, o jovem time santista mostrou personalidade, ao lidar com a imensa pressão - sem mencionar todos os problemas de logística para chegar a Montevidéu -  inteligência, ao "jogar com o regulamento" e ter em mente que ainda há 90 minutos para serem jogados em casa, e ousadia, ao não sair de sua filosofia de jogo e se limitar apenas em defender; quando teve a posse de bola o Santos agrediu o adversário e soube impor sua superioridade técnica.

O Santos está a 90 minutos de fazer história, mas é bom manter em mente que entre a taça e a Vila Belmiro, há uma senhora camisa de 120 anos de história.

[Já ia clicar em "publicar postagem" mas não posso deixar de comentar e acima de tudo lamentar a postura da CONMEBOL com relação ao problema, de ordem natural, que quase impediu que a equipe do Santos conseguisse chegar ao Uruguai para o jogo. "Se não chegarem é W.O" - Como diria Milton Leite: Meeeeeeuuu Deeeuss -  Salvem o futebol sulamericano]

14 de jun. de 2011

Relacionamentos, todos iguais


Futebol + dia dos namorados = oportunidade perfeita para a metáfora ideal, afinal, que outro sentimento combina mais com futebol do que o amor ?

[Perdão pelo pequeno atraso do post "temático" em relação ao dia real, mas, como vocês podem perceber no post anterior, acabei de voltar ao Brasil - a propósito obrigado pelo carinho de todos- e só agora tenho a oportunidade de voltar a atualizar o blog]

Preste atenção e você vai perceber que um relacionamento amoroso entre um homem e uma mulher é feito exatamente dos mesmos ingredientes que cercam a vida de um time de futebol; preste um pouco mais de atenção ainda e você encontrará muitos deles refletidos nos principais clubes do futebol brasileiro atualmente.


Todo relacionamento tem o período de "mar de rosas". Tudo é lindo, tudo está bom, tudo é perfeito. Algo parecido com o que hoje vive o líder do campeonato brasileiro, São Paulo. Quatro jogos, quatro vitórias, liderança isolada; o suficiente para se criar uma cortina de fumaça que embaça a realidade e só faz a alegria dos imediatistas. Já dizia meu pai: "futebol é resultado meu filho". É realmente impressionante como se criam verdades absolutas do dia para a noite no futebol.

E o que dizer das supresas ? Presentes - diria necessárias - em qualquer relacionamento, boas e ruins. Aquele parente chato ou aquela mania desagradável que você só descobre tempos depois, aquele presente ou jantar surpresa que você ganha em uma data especial ou aquela notícia inesperada, boa ou ruim, que vai virar seu relacionamento de ponta cabeça. O imponderável sempre impõe sua presença, e no futebol isso acontece com tanta frequência que talvez "imponderável" não seja mais a palavra certa a ser usada.

 
Cruzeiro e Internacional começaram o campeonato sem medir esforços para mudar de status; de "favoritos ao título" a "decepção do campeonato". E como se já não bastasse os times regredindo dentro de campo, as diretorias ameçam ir pelo mesmo caminho; de diretoria "diferenciada" para a "vala comum dos dirigentes brasileiros e sua absoluta falta de critérios e planejamento". Mas é a velha história: é mais fácil demitir um sujeito que não entra em campo do que os onze que entram e não fazem o que devem.

Falcão
 E como muitas vezes em um relacionamento um problema puxa o outro, ao se revelar um surpresa desagradável, o Internacional passa a viver uma crise de relacionamento com um dos maiores ídolos da sua história, Falcão, que equivocadamente sucumbiu a pressão externa e abriu mão da sua filosofia de trabalho para agradar os imediatistas - olha eles aqui de novo - que não sabem esperar por resultados a médio e longo prazo ainda que estes sejam imensamente superiores.

Evitar o comodismo, provar o seu valor e o valor que o seu parceiro tem para você a cada dia. Fundamental para um relacionamento saudável. Fundamental também no futebol, desde que na medida certa. O Palmeiras de hoje é um exemplo claro disso; terceiro colocado, mas fazendo uma força imensa. O time de Felipão literalmente mata um leão por rodada, supera desconfianças, mas o futebol não flui, e de tanto fazer força uma hora vai quebrar.

Abel Braga
Porém a pergunta - se há perguntas, há dúvidas. E que relacionamento não as tem ? - que não quer calar é: a espera de três meses - bizarra e inédita no futebol mundial(corrija-me se eu estiver errado) - do Fluminense por Abel Braga valerá a pena ? Quem viver verá.

De certo mesmo é que seja lá qual for o relacionamento, amoroso, profissional ou de amizade, erros e acertos fazem parte; ambos deixam lições valiosas e o mais importante é assimilá-las para empregar o aprendizado da melhor maneira possível em nossas vidas. Eu sei disso, você também, já os profissionais do nosso futebol, bom, ou não sabem, ou por algum motivo, fingem não saber.

4 de jun. de 2011

Mudança na fé

Terça-feira, 7 de Junho de 2011, Aeroporto Kansai, Osaka, Japão. Aqui termina um capítulo da história da vida deste escriba. Um capítulo recheado de aprendizado e emoção, que durou longos 11 anos.
[Peço licença aos leitores pois esse é um momento "diário" do blog; uma pausa no futebol para um momento importante da minha vida]

Sempre que me perguntam sobre a vida de imigrante, costumo citar o "trânsito" como a pior parte dela. Um trânsito tão caótico quanto o que enfrentamos nas ruas, mas muito mais doloroso, o trânsito de pessoas, que acompanha a vida de quem está longe de casa.

Durante esses 11 anos, pessoas saiam da minha vida tão repentinamente quanto entravam, e cada uma que partia levava consigo um pouco da minha felicidade, deixando mais um pouco de saudade.

Embora eu queira muito essa volta, ela não representa apenas o começo de uma nova história, mas também o fim. Quando eu subir naquele avião, estarei deixando para trás os lugares e pessoas[as que não me deixaram antes] que fizeram parte dos momentos mais imporantes da minha vida. A escola, o muro do primeiro beijo, o primeiro amor, cada canto da cidade dividido com os amigos, o primeiro carro, enfim, tudo que marca a vida de alguém; tudo se transformará mais do que nunca em lembranças e boas recordações. Não vou incluir meus pais - amo mais que tudo - que não poderão voltar comigo, nessa lista pelo simples fato de que à eles não será um adeus e sim um até [muito] breve tenho certeza; porque eu sei em quem tenho crido. 

Esse texto está parado nesse exato parágrafo a semanas nos "rascunhos" do blog, e ainda não faço ideia de como continuá-lo - era pra ser apenas uma nota de aviso de que o blog ficaria parado por um tempo, mas enfim...
Geralmente eu tento continuar quando o coração aperta um pouco mais e a ansiedade e a expectativa aumentam, tomado pela emoção as palavras simplesmente "saem", mas não é o caso desta vez.

Virar uma página na vida é difícil, árduo, doloroso, mas as vezes mudanças se fazem necessárias. Volto para o Brasil e na bagagem carrego um caminhão de dúvidas, inseguranças e perguntas sem respostas, porém, carrego também uma certeza que é suficiente para me fazer cruzar o mundo sem pensar duas vezes; a fé que eu tenho em JESUS CRISTO.


Quarta feira, 8 de Junho de 2011, Aeroporto Internacional de Guarulhos, São Paulo, Brasil...













[Essas páginas ainda estão em branco, um novo capítulo começa; esse eu começo a contar pra vocês no próximo post]