Sempre fui modinha no esporte. Como são paulino cresci vendo meu time ser referência dentro e fora de campo. Morumbi, Reffis, CT Cotia, CT Barra Funda, títulos em profusão.
Discípulo de Sir Alex Ferguson e seu teatro dos sonhos, quando a conversa atravessava o oceano, continuava fácil argumentar.
Quando o papo pulava dos gramados para as quadras, continuava vestindo vermelho para me deliciar com o Chicago Bulls de Michael Jordan e Phil Jackson fazendo história a cada arremesso.
Foi fácil, natural e muito prazeroso crescer amando esporte.
Mas ironicamente, como um conto de fadas que acaba quando você cresce, o encanto e a vanguarda de quem antes era referência, acabou, justamente com a chegada da vida adulta. Alegrias e frustrações trocaram de lugar. E lá se vão anos.
Mas o que o adolescente não sabia é que a maior das alegrias ainda estava por vir para trazer de volta a emoção da expectativa, a paternidade.
A expectativa agora é voltar aos velhos relacionamentos de outrora. Mas, diferentemente desse atualmente, sofredor, minha nova companheirinha não terá o direito de escolher o conveniente modismo, já vai nascer tricolor, no teatro dos sonhos e vestindo o vermelho de Chicago. Se ela vai me agradecer ou não no futuro, só o tempo dirá.
Me julguem.