"Além dos sinais externos que denunciam - cabelos brancos, cabelo nenhum, rugas, barriga, essas indignidades - as gerações se reconhecem pelos jogadores de futebol que se têm na memória"

Luis Fernando Veríssimo

31 de mar. de 2011

Simples e eficiente

Passada a festa, as comemorações e provocações é hora de saber: como será o São Paulo com Luis Fabiano ? Quem sai para o artilheiro entrar ?

Enquanto escrevo esse texto o São Paulo está perdendo para o Santa Cruz, no que deveria se chamar "Showzão" do Arruda e não "Mundão", mas a pergunta que não quer calar é a seguinte: Por que cargas d'água Casemiro ainda não é titular desse time ? Rodrigo Souto e Rivaldo no mesmo meio-de-campo é o mesmo que colocar uma placa de "aluga-se".

A melhor formação para o São Paulo atual é o 4-3-3, com o bom William José de referência no ataque, até a chegada de Luis Fabiano, Lucas trabalhando atrás dos três atacantes e Casemiro e Carlinhos Paraíba na saída de bola e proteção à zaga.


Um time ofensivo, rápido, como há tempos o São Paulo não tem e que ganharia muita qualidade na saída de bola.
Jean seria peça fundamental nesse time, ora cobrindo as idas ao ataque de Casemiro, que aparece muito bem como elemento supresa(vide pré-olímpico), ora compondo um terceiro zagueiro para cobrir as subidas de Juan pelo lado esquerdo.

Claro que para esse tipo de esquema funcionar é preciso uma certa dose extra de doação por parte do homens de frente para ajudar na marcação, o que aumenta o desgaste físico dos atletas. Porém, a receita para que isso não aconteça já nos foi ensinada; uma receitinha espanhola, da região da Catalunha, chama-se "posse de bola".

O conceito é simples: se a bola está comigo eu estou mais perto do gol, e quem tem que correr atrás é o adversário. Sem mencionar que: se eu estou mais perto do gol, consequentemente estou mais perto da vitória.

O futebol está longe de ser uma ciência exata, mas um certo clube da região nordeste da Espanha já nos ensinou que o fundamento mais simples do futebol, se executado com o mínimo de competência, pode ser o caminho mais fácil para a formação de um time vencedor. E se executado com o máximo de competência, é capaz de proporcionar um verdadeiro espetáculo.

28 de mar. de 2011

Lições, clichês, constatações e o famoso "eu avisei"

A lição de Londres é simples: Liberdade ao craque. O craque, o jogador diferenciado, não pode ficar preso em uma determinada faixa do campo. Enquanto Neymar esteve "preso" do lado esquerdo o Brasil pouco produziu, no primeiro lance em que Neymar teve liberdade para buscar o jogo e encostar mais no ataque o óbvio aconteceu, Brasil 1x0.

Os clichês de Londres:
  • Daniel Alves é o melhor lateral direito do mundo.
  • Thiago Silva joga. E não é pouco não.
As constatações de Londres:
  • O futebol europeu fez muito bem a Ramires. Era um grande jogador, hoje é um jogador completo.
  • Por que todos insistem que Elano é armador ? Elano não é um criador de jogadas.
  • Quem precisa ser trabalhado e entrar aos poucos é Jadson, não Lucas.
O "eu avisei" é exatamente sobre ele; 20 minutos em campo, 2 jogadas sensacionais, uma delas com uma conclusão tosca de Jonas, que aliás entra nas "constatações" como "não serve para a seleção".

O que teria feito Lucas em 90 minutos ?

Quem acompanha o blog sabe, e agora encho a boca, ou os dedos, para dizer, ou escrever, como preferirem, EU AVISEI.

Quem precisa se adaptar quando muda de camisa ou de time são os jogadores "comuns". Lucas, assim como Neymar, está longe de ser comum.

Quem sabe sabe amigo, não precisa de "adaptação".

27 de mar. de 2011

Um time completo

O timaço da seleção alemã foi a campo para um "treino de luxo" contra o Kazaquistão pela quinta rodada das eliminatórias da Euro 2012. Resultado: - no sentido literal da expressão- 4x0. Mais um pouco de vontade e o placar chegaria tranquilamente a 7 ou 8 tamanha a diferença entre as equipes.

Embora tenha jogado de forma até "sonolenta" em determinados momentos, esse é um daqueles times que você para pra assistir até contra o Kazaquistão, que, com todo respeito, praticamente "não existe" no cenário do futebol.

A Alemanha é um time completo. Protagonista, craques, coadjuvantes de muita qualidade, discilina tática, alta qualidade técnica. Um timaço que ao lado de Espanha e Holanda forma hoje o top 3 de seleções no mundo. O problema é saber a ordem.

O time que foi a campo hoje é, até por conta da continuidade do trabalho de Joachim Löw, muito parecido com o que disputou e apresentou o melhor futebol da Copa do Mundo 2010.
Um time extremamente organizado e bem distribuído em campo. Todos sabem o que fazer, quando avançar, quem cobrir e o que esperar do companheiro.

O time de Joachim Löw joga em um 4-2-3-1, que pode parecer um esquema conservador por ter apenas um atacante, mas que por conta da movimentação dos homens de meio-campo e dos avanços dos laterais e volantes, feitos de forma absolutamente organizada e consciente, acaba por se transformar em um esquema extremamente ofensivo e que se bem executado, como fazem os alemães, confunde muito a marcação adversária e proporciona um futebol envolvente de encher os olhos.


É importante destacar que os alemães aliam a qualidade técnica e a intensa movimentação à disciplina e obediência tática. Um exemplo disso são as subidas dos laterais ao ataque, que jamais o fazem ao mesmo tempo.

É interessante também observarmos algumas jogadas de conjunto da seleção alemã. Fruto de um time "pronto" e entrosado, que já joga junto há algum tempo.
Por diversas vezes podemos perceber jogadas da ataque em que os homens de meio-campo, Podolski, Özil, Müller e até Khedira avançam como um "paredão" ao mesmo tempo que Klose volta fazendo o trabalho de pivô e abrindo os espaços. Jogadas que quase sempre são fatais já que os homens que vem de trás estão praticamente sem marcação.

Por tudo isso, a Alemanha tem hoje ao lado da Holanda (lembram do "top 3" ?) a melhor campanha das eliminatórias.

É bom lembrar que o Brasil tem amistoso marcado com as duas ! Mano que se cuide e trate de vencer, e bem, a Escócia se não quiser encontrar Özil e Sneijder com a corda no pescoço, porque a paciência e compreensão com o momento de renovação quase sempre dá lugar ao "imediatismo" por resultados quando se trata de seleção brasileira.


OBS #1: Como faz gol pela seleção esse Klose !
OBS #2: Se há alguém que ameaça o status de "melhor lateral direito do mundo" de Dani Alves, esse alguém não é Maicon, é Philipp Lahm.

24 de mar. de 2011

"serolav"

Vivemos em um mundo onde os valores estão completamente invertidos.

Nos espantamos com a honestidade de fulano ou beltrano quando a falta dela é que deveria nos causar tal admiração.

Nos supreendemos com atitudes éticas e profissionais, seja de um cidadão comum ou de uma figura pública, quando a falta delas é que deveria nos causar espanto.

De uma hora para outra um cidadão que não faz mais do que sua obrigação ao ir trabalhar chegando no horário vira "exemplo a ser seguido".

Haja paciência.

Ronaldinho Gaúcho ganha, e muito bem, para se apresentar, chegar no horário, treinar, jogar ou, para ser mais claro, cumprir o contrato.

O fato de muitos não esperarem tal conduta de Ronaldinho não transforma o que era, e é, pura e simplesmente obrigação em algo diferenciado e digno de tantos elogios e reconhecimento.

Menos minha gente, bem menos.

23 de mar. de 2011

O reino do amadorismo

No dinâmico mundo do futebol cravar uma certeza é realmente uma temeridade. Em Janeiro, cravei que o mico do ano no futebol brasileiro era do Corinthians, com a eliminação frente ao poderoso Tolima, mas, como sempre temos um "mas" no futebol, o Fluminense tem feito uma força incrível para roubar o prêmio corintiano.

O clube fala uma coisa, o patrocinador outra, a acessoria de imprensa anuncia a contratação de um treinador, em um parquinho infantil, e no meio do anúncio alguém avisa que "melou" porque o (com todo respeito ao homem e profissional) grande Gilson Kleina preferiu continuar no comando de um time do interior do estado de São Paulo ao invés de assumir o, caótico, atual campeão brasileiro do série A. Com total razão, visto que a intenção do Fluminense era de que ele "bancasse o franelinha" e guardasse a vaga para Abel Braga durante três meses.

Como diria meu pai: essa proposta foi o "fim da picada".

Mas o ponto em questão é: estamos diante de uma aula de amadorismo impensável até mesmo para os padrões brasileiros. Como um clube de futebol profissional não consegue sequer organizar um anúncio oficial por meio da sua acessoria de imprensa ? Como um clube de futebol profissional divulga planos e acordos para a imprensa antes de "bater o martelo" e acertar com as outras partes envolvidas ?

Tudo bem, antes que o troféu "mico do ano" se transforme em uma nova versão da "taça das bolinhas" e comece a causar brigas entre Corinthians e Fluminense, criemos novas categorias; a versão "mico do ano - dentro de campo" vai para o Parque São Jorge e a versão "mico do ano - bastidores" vai para as Laranjeiras.

E no reino do amadorismo, sobrou até para as criancinhas, que viram seu parquinho se transformar em uma "sala de imprensa".

20 de mar. de 2011

Erros repetidos

"Foi um erro que se repetiu e quando os erros se repetem eles nos aborrecem" - Marcelo Martelotte se referindo ao segundo gol sofrido pelo Santos na derrota para o Bragantino.

Marcelo Martelotte será o "bode espiatório". Enquanto todos debatem sobre os erros recorrentes da defesa santista sob seu comando, erros aliás que datam de antes de Martelotte assumir o cargo interinamente, se esquecerão de comentar a absoluta falta de planejamento e critério da diretoria na hora de definir um novo treinador.

Primeiro era Ney Franco emprestado por alguns meses, depois Marcelo Martelotte assumiria até que Abel Braga pudesse retornar ao futebol brasileiro, mais recentemente Muricy Ramalho, e nesse meio tempo, o próprio Martelotte vive no fio da navalha dependendo sempre do resultado do próximo jogo para saber se ganha uma sobre vida no comando técnico da equipe.

E tem gente que se espanta com a instabilidade do time.

Realmente, há erros que se repetem no futebol brasileiro. Entra ano e sai an... opa, pra que esperar um ano se podemos ter o "bis" no mesmo dia ? Na onda do Santos, o Fluminense, após perder o treinador que venceu quatro dos últimos cinco campeonatos brasileiros, não se preocupou em contratar, foi à campo com um preparador físico no comando da equipe. Resultado: virou freguês do Boavista !
E o presidente cogita ficar um mês(!) sem treinador à espera de Abel Braga. Que belo começo Peter Siemsen !
Também, o que esperar de um presidente que não consegue sequer definir a acessoria de imprensa do clube ?

Errar uma vez é humano, duas teimosia, três burrice, acima disso, aí já é coisa de dirigente do futebol brasileiro.

17 de mar. de 2011

Curtinhas

Teoria da Conspiração

Desconfiar, procurar "pêlo em ovo", já faz parte da personalidade do brasileiro, graças aos nossos ilustríssimos amigos de colarinho branco. Considerando-se isso, era natural que o primeiro pensamento que surgisse com a notícia do pedido de demissão de Muricy Ramalho fosse "aí tem coisa", e talvez até tenha mesmo. Todos sabem do permanente caos político que impera nas Laranjeiras e da estrutura que não pode ser considerada "precária" porque simplesmente não existe.
Muricy tinha como metas quando assumiu o cargo levar o Fluminense ao título brasileiro e melhorar a qualidade de trabalho no dia-à-dia do clube. Conquistou a primeira com todos os méritos e agora deixa o clube, abrindo mão de um salário surreal, por considerar que não é capaz de realizar a segunda. Por que não podemos simplesmente acreditar no que diz Muricy ?
Apesar de considerar que Muricy sai na hora errada, afinal boa parte da culpa pelo fiasco na Libertadores é sua, acho que o homem que já deu tantas lições de ética à uma sociedade que dá de ombros para a mesma, merece acreditemos sem questionar.

E no dia seguinte...
Tapando buraco com areia... e o sol com a peneira.

"Tosquidão" sem fim

Quando você acha que a CBF não pode ser mais tosca, ela consegue se superar !
Ricardo Teixeira e sua trupe realmente acham que 784637864 clássicos na última rodada resolverão todos os problemas da tal "entrega" ?

Muda-se tabela, regras, formatos e a mentalidade continua a mesma. Lamentável.


16 de mar. de 2011

Jogos que contarei aos meu filhos #2 Bayern de Munique 2x3 Inter de Milão 16/03/2011

Homenagem às vítimas do terremoto no Japão

Jogo memorável, com todos os elementos que tornam uma partida inesquecível. Emoção, lances polêmicos, bola na trave, defesas espetaculares, falhas individuais, viradas no placar, estádio lotado e claro, o gol decisivo nos instantes finais.


Na gelada Munique, a fria e calculista Inter de Milão reapareceu, e a dor de cabeça azul do bávaros aumentou ainda mais.

Diante da nova Inter de Leonardo jogando ao velho estilo de José Mourinho, o Bayern sucumbiu, e com o campeonato alemão nas mãos do Borussia Dortmund, a temporada bávara "termina" mais cedo.

Ficha do Jogo:

  • "Quem não faz toma" - Robben, Ribéry e cia vão lamentar durante algumas semanas o caminhão de gols perdidos no primeiro tempo.
  • Julio Cesar até tentou, mas o prêmio de vilão da noite ficou com Breno.
  • Eto'o é o melhor atacante em atividade no futebol mundial.
  • Lucio continua um monstro de zagueiro.
  • Eliminado, o Bayern conseguiu complicar a vida de todos na UCL, ressuscitando um gigante.
  • A Alianz Arena continua espetacular.
  • Dizem que Mourinho ligou depois do jogo para parabenizar a equipe, mas depois do que se viu em campo, começo a achar que o telefone tocou antes da partida também.


szólj hozzá: Ba2-3In

13 de mar. de 2011

Restituição da arte


Foram sete meses longe dos gramados, distância imposta por circustâncias do próprio futebol, que as vezes parece possuir um quê de autodestruição ao retirar dos gramados jogadores como Ganso. Nos furtando o direito de desfrutar do futebol arte de um jogador que a palavra "craque" já não é capaz de definir.

Foram 45 minutos em campo, mas 10 teriam sido, como foram, suficientes para Ganso "ser Ganso" outra vez, e resolver com a facilidade, simplicidade e genialidade que lhe são costumeiras o que para a maioria se revela uma árdua tarefa.

Ganso está de volta. Para a sorte dos santistas, privilegiados por verem, novamente, sua arte na Vila. Para sorte da seleção brasileira, tão necessitada de seu camisa 10. Para sorte do futebol, que talvez não mereça por sua "crueldade", mas que é tão carente do encanto proporcionado pelo talento de Paulo Henrique Ganso.

Que o futebol deixe de ser masoquista, e permita que os gênios exibam sua genialidade em paz.

9 de mar. de 2011

O Legado do Lobo

O 4-4-2 é, ou já foi, o esquema tático mais utilizado no mundo. As tradicionais duas linhas de 4 são mais um legado brasileiro ao futebol mundial, já que foram criadas por um cidadão chamado Mário Jorge Lobo Zagallo em seus tempos de ponta.
Por não ter a mesma habilidade que seus concorrentes na seleção brasileira, Zagallo passou a voltar para compor um quarto homem de meio de campo quando o Brasil não tinha a posse de bola, e essa diferença em relação aos demais lhe garantiu a titularidade na seleção canarinho.

Considerado o esquema perfeito para um time de futebol, o 4-4-2 foi ganhando diversos "desenhos" e variações. Desdobramentos como 4-2-2-2 (4-4-2 com os homens de meio-campo em "quadrado") 4-1-2-1-2 (4-4-2 com os homens de meio-campo em losango) 4-4-1-1 (4-4-2 com o chamado "engache" na frente) 4-3-1-2 (4-4-2 com três volantes e um meia livre para criar), enfim, ao meu ver todos descendentes do revolucionário 4-4-2 criado pelo senhor do número 13.

O que mais me agrada no 4-4-2, além dos possíveis desdobramentos, são suas variações de movimentação. Apenas para citar um exemplo, o abominável sistema com três zagueiros(3-5-2) pode ser feito de maneira muito mais interessante no 4-4-2. O Brasil de 1970 jogava com algo parecido. Na época, o então treinador Zagallo, liberava Carlos Alberto Torres (LD) para apoiar o ataque e segurava Everaldo (LE) que fazia um terceiro zagueiro ao lado de Brito e Piazza, transformando constantemente durante o jogo o 4-4-2 em um 3-4-3 com o avanço de Carlos Alberto Torres para o meio-campo que empurrava Pelé ao ataque.

4-4-2 com Pelé na armação

Com o avanço de Carlos Alberto Torres a equipe passa para um 3-4-3 com Pelé fazendo um terceiro atacante e Everaldo um terceiro zagueiro

Curiosamente, mesmo sendo capaz de tantas variações táticas com base no 4-4-2, sendo feitas muitas vezes durante a partida, o futebol brasileiro de uma forma geral nunca foi capaz de colocar em prática o tradicional esquema com duas linhas de 4 homens que frequentemente observamos no futebol europeu. Isso porque falta aos jogadores brasileiros a tal da "disciplina tática".

Para jogar com as duas linhas de 4 homens, é necessário que o time todo se movimente em bloco, de forma compacta, ou seja, quando a linha de meio-campo subir ao ataque, a linha de zaga tem que adiantar seu posicionamento, o que difícilmente as defesas brasileiras fazem, essa aliás tem sido uma observação constante de zagueiros brasileiros que voltam do futebol europeu.
Se a linha de zaga não adiantar seu posicionamento, surgirá um enorme buraco entre o meio-campo e a zaga. Um salão de festas ao adversário.

Espaço deixado pela linha defensiva durante o avanço do meio-campo ao ataque


Compactação da equipe com a aproximação da linha defensiva


Se a equipe consegue jogar de maneira compacta, ocupando uma faixa de aproximadamente 30 metros do campo, consequentemente diminuirá muito os espaços para que o adversário crie suas jogadas ou até mesmo consiga sair jogando de trás com qualidade.

Outro fator que contribuiu para que as famosas duas linhas de quatro não funcionassem perfeitamente nos gramados brasileiros foram os volantes, já que começamos a contar com uma boa safra apenas recentemente.
Jogando com as duas linhas, os volantes ficam com a faixa central do campo. É fundamental que sejam "volantes-meias", ou seja, jogadores que marcam e armam a equipe. É importante também que eles não tenham receio de subir ao ataque para proteger a defesa, caso contrário, com os meias abertos pelos lados do campo, o time perde a intermediária ofensiva dificultando muito a criação de jogadas.

Espaço deixado na intermediária sem o avanço dos volantes, "quebrando" a linha de meio campo.

Atualmente é comum vermos times com apenas um homem de referência na frente e três ou quatro meio-campistas chegando de trás, abdicando assim do 4-4-2 para o 4-2-3-1 ou times com três atacantes, jogando no 4-3-3, como o Arsenal ou fantástico Barcelona(Mas esse é um caso a parte, que vale até um post futuro). Porém, ao meu ver, o 4-4-2 continua sendo o esquema perfeito para um time de futebol, se bem treinado e executado, é capaz de "anular" qualquer esquema adversário com suas variações de posicionamento e movimentação.

4 de mar. de 2011

Pitacos na lista

  • Fábio, goleiro do Cruzeiro, merecia uma vaga, Aliás, merece há tempos.
  •  O que fez Maicon para merecer essa volta ?
  • Finalmente Henrique foi lembrado. Por mais de uma vez já disse isso aqui, sou fã de seu futebol. Joga demais. Chance merecidíssima.
  • Lucas tem que ser titular.
  • Por mais que Mano coloque panos quentes, Robinho está fora porque não vem jogando rigorosamente nada. Simples assim.
  • Ronaldinho Gaúcho ? Menos minha gente, menos.

Com esses nomes minha seleção seria essa:



Um time leve, com dois meias de velocidade, dois laterais que apoiam muito, e bem, e dois volantes que marcam, sabem sair jogando e aparecem bem no ataque.
Afinal, depois de duas derrotas, justamente para França e Argentina, e jogando contra um adversário de médio porte, está na hora de fazer, muito bem feito, o dever de casa. Caso contrário, Mano começará a ter problemas com o "imediatismo" do povo brasileiro.

3 de mar. de 2011

Tempo, Tempo, Tempo, Tempo...

Certa feita um amigo me indagou com a seguinte questão:
- Me diz aí, qual o maior jogador de futebol de todos os tempos ?

Sem pestanejar respondi:
- Garrincha.

- Mas esse não é do seu tempo, e dos que você viu jogar ? Me perguntou.

Novamente sem pestanejar respondi:
- Zinedine Zidane.

- E quem você gostaria de ter visto jogar e não viu ? Continuou.

Essa precisei pensar um pouco.
- Pelé, Maradona, Di Stéfano, Puskas, Platini, Beckenbauer, Johan Cruyff, Nilton Santos, Nelinho, Leônidas da Silva...

Não satisfeito, esse amigo me perguntou ainda:
- E times ? Qual o grande time que você viu jogar e qual gostaria de ter visto ?

- O maior time que eu já vi jogar, ainda joga. O Barcelona de Messi, Xavi e Iniesta, que flerta com a perfeição.
Já a segunda parte da resposta, temo que não tenha fim.
- O Santos de Pelé, o Brasil dos anos 70 e 80, o Palmeiras de Ademir da Guia, O Internacional de Falcão, o Cruzeiro de Nelinho, o Real Madrid de Di Stéfano e Puskas, A Laranja Mecânica de Johan Cruyff, o Milan de Van Basten...

Tempos depois, lembrando da conversa, só pude me lamentar. Lamentar por ter apenas 23 anos de idade e não ser capaz de viajar no tempo.

2 de mar. de 2011

Curtinhas

Planejamento

Você ainda acredita nele ?

Treinadores "de ponta" que "caem de pára-quedas" nos clubes, muitas vezes durante a principal competição do ano, são melhores opções do que o tal "interino" que convive com os atletas todos os dias e conhece muito bem o time ?
Treinadores ou fadas madrinhas ?


Só no Brasil

O tal do "jeitinho brasileiro" vai conseguir fazer o país sediar uma Copa do Mundo e sair "ileso".
Como fica o tão mencionado legado pós-Copa com as tais obras temporárias ?


Urucubaca sem fim

A maldição de lesões nas horas decisivas da temporada chegou e parou no Emirates Stadium. Theo Walcott e Robin Van Persie são desfalques certos e Fàbregas ainda é dúvida. A missão do Arsenal no Camp Nou começa a ganhar ares de "Missão Impossível".


Novela

Paulo Henrique Ganso conseguiu criar uma novela, em nível nacional, estando sem jogar há 6 meses.
Agora, ou volta jogando como antes, ou vai pagar um mico colossal.


Novidade !

Adriano admitiu seus erros, pediu desculpas ao clube, Roma, e a torcida por tudo que aconteceu mas diz que não garante sua permanência no clube.

NÃO ACREDITO ?!

E dessa vez conseguiu dar vexame em tempo recorde, jogou impressionantes CINCO jogos pelo clube italiano.
E ainda tem gente que chama de "Imperador".


Luz no fim do túnel

Máfia do Apito condenada em primeira instância. Esperança.
Se será mantida essa condenação não sei, mas é um alento, e muito importante no sentido de não transparecer impunidade, para que nunca mais algo semelhante volte a acontecer.